Depois de uma primeira onda que causou 30 mil mortes, a França vive atualmente uma segunda onda da epidemia de coronavírus AFP
“Estamos na quarta onda” da epidemia, reconheceu o primeiro-ministro Jean Castex à rede de televisão TF1, lançando “um desafio coletivo” à população para que “alcancemos oito milhões de vacinações” administradas nas próximas duas semanas.
É a primeira vez, desde o início de maio, que o limite de 20.000 contaminações diárias é ultrapassado.
O primeiro-ministro destacou que 96% das pessoas contaminadas registadas na terça-feira não foram vacinadas. Agora, a meta do governo é chegar a 50 milhões de vacinados até o final de agosto e não mais a 40 milhões, graças à abertura de 5 milhões de novos agendamentos para os próximos “15 dias”.
Foi acordada uma tolerância de "uma semana" para conscientização, segundo o primeiro-ministro. Em seguida, será "o momento das sanções".
Desde o início de agosto, os responsáveis pelos estabelecimentos culturais, assim como cafés e restaurantes, terão que controlar a entrada. No entanto, segundo Jean Castex, não caberá a eles "verificar a identidade" das pessoas que apresentarem o passaporte ou o exame.
Esses controles se anunciam complicados. Como fazer, por exemplo, em uma sala de cinema “quando os 1.200 espectadores chegam 15 minutos antes e leva-se de 20 a 25 segundos para verificar cada pessoa?”, questiona Richard Patry, presidente da Federação Nacional dos Cinemas Franceses.
“Estamos satisfeitos por não termos que fazer verificações de identidade”, reagiu Didier Chenet, seu homólogo do sindicato dos empregadores de hotéis-restaurantes (GNI).
A situação é particularmente incerta para as discotecas, um terço das quais acaba de abrir e que estão "sob forte vigilância", de acordo com Jean Castex.
Tenso debate
A direita sugeriu incerteza sobre o seu voto,mas sem se permitir ser acusada de falta de responsabilidade. A oposição ao texto é mais aberta por parte da esquerda e a extrema direita disse que votará contra.
No plano sanitário, o impacto que a quarta onda terá no sistema hospitalar ainda não é muito claro, reconheceu Véran, considerando que atinge principalmente os jovens. Mas “já registramos um aumento por dez dias consecutivos no número de internações” devido à covid, alertou o ministro da Saúde.
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