Papa Francisco AFP
"Ele salvou a minha vida! Me disse: 'Você tem que ser operado'. Havia outras opiniões", como o uso de antibióticos, contou o pontífice argentino, acrescentando que o enfermeiro lhe deu explicações claras sobre a sua saúde.
Francisco lembrou ainda que uma enfermeira já havia salvado sua vida uma vez em 1957 na Argentina ao dobrar a quantidade de antibióticos que seu próprio chefe havia prescrito para tratar uma infecção pulmonar grave.
O papa argentino, de 84 anos, foi submetido a uma cirurgia em 4 de julho para remover uma parte de seu cólon, em uma intervenção que estava programada e realizada sob anestesia geral. Além disso, Francisco sofre de ciática crônica que o faz mancar e que lhe causa fortes dores, motivo pelo qual teve de renunciar em várias ocasiões a cerimônias oficiais.
Viagem à Grécia, Chipre e Malta
"Agora está no programa a Eslováquia. Depois Chipre, Grécia e Malta", afirmou o pontífice, que reiterou a decisão de priorizar "os países menores" da Europa, adotada desde o início de seu papado em 2013.
Ao ser questionado sobre uma possível visita à Espanha em 2022 para o Ano Jubilar de Santiago de Compostela, Francisco não descartou a possibilidade, mas tomou a precaução de explicar que isto não garante uma visita de Estado.
O papa viajou, por exemplo, a Estrasburgo para pronunciar um discurso no Parlamento Europeu, sem fazer uma visita oficial à França.
"Fui a Estrasburgo, mas não fui à França. A Estrasburgo eu fui pela UE. E, se vou a Santiago, vou a Santiago, mas não para a Espanha, que fique claro", declarou à rádio do episcopado espanhol.
Francisco, simpatizante das "periferias" e das comunidades católicas pequenas mas fervorosas, recordou que sua primeira viagem na Europa foi para a Albânia. "Primeiro a Albânia e depois todos os países pequenos. Eu quis fazer esta opção: primeiro para os países menores", comentou.
O papa já havia anunciado a viagem à Eslováquia, que visitará de 12 a 15 de setembro, após uma escala de algumas horas em Budapeste, durante a qual presidirá a missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional.
A breve escala na Hungria não é uma visita de Estado, mas está prevista uma reunião com o presidente Janos Ader e com o primeiro-ministro Viktor Orban.
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