Um minuto de silêncio foi observado às 8h46 (9h46 de Brasília) no memorial de Manhattan (Nova York)AFP
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, preside cerimônia no "Marco Zero" ao lado de antecessores, incluindo Barack Obama e Bill Clinton.
Em duas décadas, o tempo de uma geração, os ataques terroristas mais mortais da História agora estão bem ancorados na história política e na memória coletiva dos Estados Unidos, mas a dor das famílias das vítimas e sobreviventes continua extremamente viva.
Por três horas, parentes das vítimas leem e evocam - muitas vezes em lágrimas - os nomes e lembranças das 2.977 pessoas que morreram nos três locais dos ataques.
A cerimônia de Manhattan é pontuada por homenagens musicais - na flauta, no violino ou canto - como com o astro americano Bruce Springsteen e seu "I'll see you in my dreams" no violão.
Minutos de silêncio são observados para o colapso das duas torres do WTC, o ataque ao Pentágono perto de Washington e a queda de um dos aviões em Shanksville, Pensilvânia, onde cerimônias de homenagem também estão sendo realizadas.
Na Times Square, o coração econômico da maior potência mundial, onde as vitórias da América são tradicionalmente celebradas, um breve momento de contemplação aconteceu.
Como todo 11 de setembro, durante três horas, os nomes das quase 3.000 vítimas serão lidos no memorial de Nova York. Enormes feixes de luz verticais saem das duas enormes bacias pretas que substituíram a base das torres.
Na Times Square, no centro de Manhattan, coração econômico da maior potência mundial, onde tradicionalmente se comemora as vitórias do país, também estão previstos uma mobilização e momentos de contemplação.
Todo americano, vítima ou testemunha do 11 de Setembro, se prepara para homenagear um ente querido perdido.
"A América nunca se esqueceu de Pearl Harbor, e nunca se esquecerá do 11 de Setembro", disse Siller à AFP.
De fato, segundo pesquisadores, o cataclismo do 11 de Setembro mudou a sociedade e a política americanas e, em uma geração, tornou-se um capítulo da história inscrito na memória do país. Como Pearl Harbor, o Desembarque na Normandia ou o assassinato do presidente Kennedy.
Este aniversário do 11 de Setembro, Joe Biden, de 78 anos, sem dúvida preparou muitas vezes desde sua vitória em novembro contra Donald Trump, a quem acusou de ter enfraquecido e fragmentado os Estados Unidos.
Em uma mensagem de vídeo transmitida na sexta-feira à noite, o presidente democrata pediu "união, nossa maior força".
Em 20 anos, os Estados Unidos perderam 2.500 soldados e gastaram mais de US $ 2 trilhões no Afeganistão.
No final de agosto, abandonaram o país às mãos dos fundamentalistas islâmicos que haviam expulsado de Cabul no final de 2001, acusando-os de abrigar o líder da Al-Qaeda Osama bin Laden, que finalmente foi morto em 2011 no Paquistão.
Esses jovens militares eram, em sua maioria, crianças em 11 de setembro de 2001.
A morte deles é um lembrete de uma dolorosa cicatriz nos Estados Unidos: entre a memória ainda viva para dezenas de milhões de adultos americanos e uma consciência histórica mais parcial para os jovens nascidos desde os anos 1990.
É "importante que saibam o que aconteceu naquele dia, porque há toda uma geração que não entende bem", defende Monica Iken-Murphy, viúva de um operador do mercado financeiro que trabalhava na Torre Sul do WTC.
A rainha Elizabeth II prestou homenagem neste sábado às vítimas do 11 de Setembro, bem como à "resistência e determinação das comunidades que se uniram para reconstruir" após os ataques.
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