Imagens da capital haitiana, em 2019, tomada por ganguesAFP
"O bem-estar e a segurança dos cidadãos americanos no exterior é uma das nossas principais prioridades no Departamento de Estado. Sabemos desta informação e não temos nada a acrescentar no momento", comentou um porta-voz do governo dos EUA.
Na manhã de sábado, 16, a gangue denominada "400 mawozo" desviou vários carros que transitavam por estradas que controla e sequestrou os americanos e cidadãos haitianos.
Os missionários e seus familiares voltavam de uma visita a um orfanato a cerca de 30 km de Porto Príncipe, disse uma fonte do serviço de segurança.
Para alguns membros dessa organização religiosa sediada em Ohio, EUA, esta era sua primeira viagem ao Haiti.
Em abril, 10 pessoas - incluindo 10 religiosos franceses - foram sequestradas por essa gangue na mesma região. Libertado após 20 dias de cativeiro, o padre Michel Briand disse então que o grupo estava "em um lugar ruim, em um momento ruim" e que quem os sequestrou não planejou isso.
As gangues armadas, que durante anos controlaram os distritos mais pobres da capital haitiana, ampliaram seu poder para Porto Príncipe e seus arredores, onde o número de sequestros extorsivos está aumentando.
Mais de 600 crimes deste tipo foram registrados nos primeiros três trimestres de 2021, contra 231 no mesmo período de 2020, segundo o Centro de Análise e Investigação em Direitos Humanos, com sede na capital haitiana.
Uma profunda crise política paralisa o desenvolvimento socioeconômico do Haiti há muitos anos.
O assassinato em 7 de julho do presidente Jovenel Moïse por parte de um comando armado em sua residência privada mergulhou ainda mais o país caribenho na incerteza. Durante o ataque, a mulher do presidente ficou ferida e foi hospitalizada.
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