Operação envolveu o uso de um porco com genes modificadosFoto: Divulgação
O órgão produziu "a quantidade de urina esperada" de um rim humano transplantado, segundo o cirurgião. Além disso, não houve evidências da rejeição intensa e quase imediata já vista em rins suínos não modificados e transplantados para primatas não humanos. O novo rim ficou anexado à paciente por 3 dias.
Como forma de evitar a rejeição imediata do corpo humano, a equipe médica teorizou que eliminar o gene suíno para um carboidrato que desencadeia a rejeição – uma molécula de açúcar, ou glicano, chamada alfa-gal – evitaria o problema.
O transplante experimental deve abrir portas para testes em pacientes com insuficiência renal em estágio terminal - possivelmente dentro de um ano ou dois, disse Montgomery. Estes ensaios poderão testar a abordagem como uma solução de curto prazo para pacientes críticos até que um rim humano esteja disponível - ou, até mesmo, como um enxerto permanente.
O porco com modificação genética, chamado de GalSafe, foi desenvolvido por uma subsidiária da empresa americana de biotecnologia de capital aberto, a United Therapeutics Corporation e foi aprovado pela FDA (equivalente americano à Anvisa) em dezembro de 2020. No entanto, a autorização é válida para uso como alimento e fonte potencial de terapia e qualquer uso na medicina precisa de autorização prévia.
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