"Isto mudará a situação para os mais vulneráveis e os imunodeprimidos, que em breve poderão receber o tratamento revolucionário", disse ministro da Saúde, Sajid JavidMSD
Reino Unido aprova pílula contra covid-19
Governo anunciou em outubro a encomenda de 480 mil tratamentos de molnupiravir, o comprimido contra a covid do laboratório americano Merck Sharp & Dohme
O Reino Unido anunciou nesta quinta-feira, 4, que é o primeiro país do mundo a autorizar o molnupiravir, o tratamento em comprimidos contra a covid-19 desenvolvido pelo laboratório americano Merck Sharp & Dohme (MSD).
"Hoje é um dia histórico para nosso país, porque o Reino Unido é agora o primeiro país do mundo a aprovar um antiviral contra a covid-19 que pode ser tomado em casa", afirmou o ministro da Saúde, Sajid Javid, em um comunicado.
"Isto mudará a situação para os mais vulneráveis e os imunodeprimidos, que em breve poderão receber o tratamento revolucionário", acrescentou.
O molnupiravir foi autorizado pela agência reguladora britânica, a MHRA, para as pessoas que sofrem de covid-19 leve ou moderada e apresentam ao menos um fator de risco de desenvolver a forma grave da doença (obesidade, idade superior a 60 anos, diabetes ou doenças cardíacas).
Os antivirais, como o molnupiravir, atuam reduzindo a capacidade de reprodução do vírus, freando assim a doença.
O uso deste fármaco pode ter duas funções: tanto para evitar que os infectados sofram sintomas graves, como para evitar que as pessoas que tiveram contato com o paciente desenvolvam a doença.
Se for administrado em pacientes nos dias posteriores a um teste de diagnóstico positivo reduz em 50% as possibilidades de hospitalização, de acordo com um teste clínico da Merck.
O Reino Unido tem um dos balanços mais graves do mundo em contágios por covid-19 e o governo anunciou em outubro a encomenda de 480 mil tratamentos de molnupiravir.
O país contabiliza mais de 140 mil mortes por coronavírus e registra atualmente um aumento dos casos, com quase 1 mil hospitalizações por dia.
Embora o número seja menor do que o registrado nos momentos mais graves da pandemia, as autoridades temem que a situação piore com a chegada do inverno (hemisfério norte, verão no Brasil).
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