Escolas seguirão abertas, apesar do forte aumento de infecções entre as criançasAFP
França reforça restrições contra a covid-19 nas escolas
Algumas das principais mudanças são a obrigatoriedade do uso de máscara para os alunos em espaços ao ar livre, além da limitação da quantidade de alunos nos refeitórios
A França reforçará as restrições nas escolas devido ao aumento dos casos de covid-19, mas descarta por enquanto adiantar as férias de Natal ou autorizar a vacinação a partir dos 5 anos, informou nesta segunda-feira (6) uma fonte do governo.
Essas medidas foram discutidas durante uma reunião do Conselho de Defesa Sanitária em pleno aumento dos contágios nas últimas semanas, antes de uma entrevista coletiva do primeiro-ministro francês Jean Castex e do ministro da Saúde, Olivier Véran, a partir das 19h00 (horário local).
Embora a incidência em crianças de entre 6 e 10 anos tenha aumentado nas últimas semanas, acima dos 600 casos por cada 100 mil, o governo descartou adiantar as férias em uma semana, como autorizado pela vizinha Bélgica, mas reforçou o protocolo nas escolas de ensino fundamental.
Os alunos deverão agora usar a máscara obrigatoriamente também nos espaços ao ar livre das escolas e a quantidade de alunos nos refeitórios será limitada, além da alteração nas atividades físicas realizadas em espaços fechados, segundo a fonte do governo.
Sobre a possibilidade de ampliar a vacinação dos menores de idade para a faixa de 5 a 11 anos, como autorizou recentemente a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para a vacina Pfizer, o Executivo francês prefere esperar primeiro as opiniões do Conselho Nacional de Ética e da Alta Autoridade de Saúde.
A poucas semanas das festas de fim de ano, o governo busca impulsionar a vacinação - 10 milhões de franceses já receberam a dose de reforço - e o respeito às medidas de distanciamento, inclusive com um incentivo à possibilidade de recorrer ao trabalho remoto.
Além do número de novos casos, que no domingo foi de 42.252, na França preocupa também o número de pacientes hospitalizados, que nesta segunda-feira ultrapassou os 11.000, um limite nunca visto desde o final de agosto.
Mesmo que quase todos os casos continuem sendo vinculados à variante delta, outra das preocupações é a propagação da ômicron. Segundo o último balanço oficial, nesta segunda-feira a França confirmou 25 casos desta última cepa.
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