Porta do InfernoFoto: Igor Sasin/AFP

O presidente do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, disse no sábado, 8, que pretende fechar a cratera de gás natural que queima no país há décadas. Conhecido como "Porta do inferno", o local é um ponto turístico com 70 metros de diâmetros que pode ser visto de longe.
O presidente turcomeno justificou sua decisão de fechar a cratera com questões ambientais e econômicas e pediu ao governo para que se encontrem maneiras seguras de apagar o incêndio.
"A cratera afeta negativamente o meio ambiente e a saúde das pessoas que vivem nas proximidades", disse Berdymukhamedov em um pronunciamento televisionado no sábado, 8.
A área tem uma quantidade significativa de petróleo e gás natural. "Estamos perdendo recursos naturais valiosos, pelos quais poderíamos obter lucros significativos e usá-los para melhorar o bem-estar do nosso povo", defendeu o presidente.
O "incêndio" teve inicio quando geólogos da ex-União Soviética perfuravam a região, para obter gás. O chão sob a plataforma cedeu assim se abriu o buraco. Ou seja, a cratera foi o resultado de um erro de cálculo em 1971. Sendo assim, com medo que a cratera emitisse gases venenosos, os cientistas decidiram colocar fogo, e assim o gás iria queimar rapidamente. Mas as chamas não cessaram em mais de 50 anos, e se tornou símbolo das vastas reservas de gás do Turcomenistão. E visitantes viajam até lá para conferir o fenômeno, que se tornou um grande ponto turístico do país.