Primeiro-ministro britânico, Boris JohnsonAFP

Londres - A decisão de Vladimir Putin de reconhecer a independência das regiões separatistas pró-russas do leste da Ucrânia é uma "nova invasão", disse nesta terça-feira (22) o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, considerando que trata-se de um "pretexto para uma ofensiva em grande escala".
"Ao negar a legitimidade da Ucrânia como Estado e apresentar sua existência como uma ameaça para a Rússia, Putin cria um pretexto para uma ofensiva em grande escala", disse Johnson no Parlamento, anunciando sanções contra cinco bancos e três oligarcas russos.
"O Reino Unido e nossos aliados começarão a impor as sanções à Rússia que já preparamos (...) para sancionar indivíduos e entidades russas de importância estratégica para o Kremlin", disse aos deputados.
O líder britânico disse que havia mais sanções "prontas para serem lançadas" se o Kremlin mostrasse mais agressividade no que considerou que seria "uma crise prolongada".
Os cinco bancos afetados (Rossiya, IS Bank, General Bank, Promsvyazbank e Black Sea Bank) e as três pessoas sancionadas terão seus ativos congelados no Reino Unido.
As pessoas afetadas - Gennady Timchenko, Boris Rotenberg e Igor Rotenberg - estarão proibidas de viajar para o Reino Unido e todas as pessoas e entidades britânicas estarão proibidas de fazer negócios e transações com eles e com os bancos.
O anúncio das sanções ocorreu depois que Johnson presidiu uma reunião no início da manhã com os chefes de segurança, após a qual prometeu atacar a Rússia "muito duramente".
O presidente russo Vladimir Putin reconheceu na segunda-feira a independência das regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, nas mãos dos rebeldes, e deu instruções ao Ministério da Defesa para que assuma "a função de manutenção da paz" nesses territórios.