Mais de um milhão de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russaAFP

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, nesta segunda-feira, 21, que quase 6,5 milhões de pessoas se deslocaram dentro da Ucrânia devido à invasão russa no país. De acordo com a organização, o número registrado ultrapassa as piores previsões feitas desde o início do conflito no dia 24 de fevereiro .
Os números são de um estudo realizado pela Organização Internacional para as Migrações entre 9 e 16 de março. 

"A escala do sofrimento humano e do deslocamento forçado devido à guerra excede em muito qualquer planejamento de cenário de pior caso", disse António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Segundo a OIM, muitos dos deslocados são mulheres grávidas, idosos e pessoas com doenças crônicas. 
Entenda o conflito entre Ucrânia e Rússia

O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.

A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos "nazistas" , segundo o presidente russo.

Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.