Presidente da Ucrânia, Volodymyr ZelenskyAFP PHOTO / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / HANDOUT

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, insistiu na necessidade de uma "reunião", da "maneira que for", com o líder russo, Vladimir Putin, para "deter a guerra" na Ucrânia.

"Acredito que sem esta reunião é impossível entender completamente o que eles (os russos) estão prontos para fazer para parar a guerra", declarou Zelensky em entrevista à Suspilne, um portal de comunicação público regional ucraniano.

Zelensky, que recentemente alertou que "sem negociações, não iremos parar a guerra", citou diversas vezes a vontade de se encontrar com Putin, mas o pedido desta segunda-feira foi especialmente insistente.

Desde que a invasão russa começou, em 24 de fevereiro, várias sessões de negociação foram realizadas entre delegações da Rússia e Ucrânia, tanto presencialmente como por videoconferência.
Entenda o conflito
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.

A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos "nazistas" , segundo o presidente russo.

Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.