Militares ucranianos em posto de controle em Kiev, capital da UcrâniaAFP
"Informamos ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a ONU, a todas as organizações possíveis, como acontece com outros civis desaparecidos", acrescentou, antes de pedir "que façam todo o possível para seu retorno".
Os anúncios de sequestros de vários prefeitos de cidades ucranianas nos territórios ocupados pelo exército russo desde o início da invasão em 24 de fevereiro provocaram a condenação da União Europeia. Um deles, o prefeito de Melitopol (sul), foi libertado em troca de vários soldados russos.
A morte do documentarista foi anunciada pelo cineasta russo Vitali Manski, fundador do renomado festival moscovita Artdocfest, para o qual Mantas Kvedaravicius havia sido convidado. "Ele foi morto hoje em Mariupol, com a câmera na mão, nesta guerra de merda do mal contra todo o mundo" escreveu Vitali Manski no Facebook.
O ministério lituano das Relações Exteriores se declarou em choque com a morte. "Eles o mataram em Mariupol, onde documentava as atrocidades da guerra da Rússia. Seu filme anterior, Mariupolis (2016), relatava a história de uma cidade cercada com uma grande vontade de viver", afirma uma nota da diplomacia lituana.Mantas Kvedaravicius, nascido em 1976, ganhou fama justamente com este filme, rodado na cidade ucraniana e exibido pela primeira vez no Festival de Cinema de Berlim em 2016.
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