ONU inicia segunda retirada de civis em Mariupol. Andrey BORODULIN / AFP

António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que civis estão sendo retirados de um complexo metalúrgico em Mariupol, na Ucrânia. Esta é a segunda leva de moradores a serem retirados da cidade, a primeira a ser dominada por tropas russas.
A retirada coincide com o anúncio da Rússia, que implantou um cessar-fogo de três dias, contando a partir da última quinta-feira (5). A decisão permitiria a fuga de civis do complexo industrial, mas relatos de tropas ucranianas afirmam que a trégua não está sendo cumprida.
Segundo as autoridades locais, 200 civis estão presos na rede de corredores subterrâneos da siderúrgica, onde também resistem as últimas unidades de defesa ucranianas. De acordo com Vadym Boychenko, prefeito de Mariupol, cerca de 100 mil pessoas permanecem na cidade.
As evacuações mediadas pela ONU de civis que se abrigaram na rede de túneis e bunkers da usina começaram no fim de semana passado, mas precisaram ser interrompidas nos últimos dias devido a novos ataques.
"A próxima etapa do resgate de nosso povo de Azovstal está em andamento no momento. Informações sobre os resultados serão fornecidas posteriormente", disse Andriy Yermak, chefe da equipe presidencial ucraniana.
Mariupol, um porto estratégico no sul do Mar de Azov, sofreu o cerco mais destrutivo da guerra de 10 semanas. A usina siderúrgica Azovstal, da era soviética, é a última parte da cidade ainda nas mãos de combatentes ucranianos.