Massacre na escola Robb Elementary, na cidade de Uvalde deixou mais de 20 mortosAFP
Após massacre em escola, senadores republicanos rejeitam projeto contra terrorismo doméstico nos EUA
Texto previa criação de unidades especializadas no combate ao crime dentro do FBI e departamentos de Justiça e Segurança Interna
Washington, EUA - Republicanos impediram no Senado americano nesta quinta-feira (26) a aprovação de um projeto de lei para combater o terrorismo doméstico, após o massacre com motivação racial ocorrido neste mês em um supermercado de Nova York.
Os democratas contavam com o bloqueio do projeto, mas queriam usar a votação para enfatizar a oposição dos republicanos ao endurecimento das leis sobre o controle e porte de armas, após o massacre desta terça-feira (24) em uma escola primária do Texas.
A comoção com a magnitude do massacre, ocorrido menos de duas semanas depois do ataque em Buffalo, Nova York, catapultou a crise da violência com armas de fogo nos Estados Unidos.
"O projeto de lei é muito importante, porque o tiroteio em massa em Buffalo foi um ato de terrorismo doméstico", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, antes da votação.
A Lei de Prevenção do Terrorismo Doméstico teria permitido a criação de unidades dentro do FBI e dos departamentos de Justiça e Segurança Interna para combater o terrorismo doméstico, principalmente o movimento supremacista branco.
Pouco antes da votação, Schumer disse que chorou ao ver fotos das vítimas de terça-feira, e chamou o governador do estado, o defensor do porte e posse de armas Greg Abbott, de "fraude absoluta".
Abbott trabalhou para aliviar as restrições às armas no Texas, incluindo a assinatura de uma medida no ano passado autorizando os moradores a portar armas sem a necessidade de licença ou treinamento.
O projeto não obteve no Senado os 60 votos necessários para iniciar o debate. Os republicanos afirmaram que já existem leis contra os supremacistas brancos e outros terroristas domésticos, e acusaram os democratas de politizarem o massacre de Buffalo, que matou 10 negros. Também argumentaram que a legislação poderia ser usada de forma abusiva para perseguir os opositores do governo democrata.
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