Pessoas passam por um prédio danificado no complexo militar-industrial da empresa Vizar, depois que o local foi atingido por ataques russos durante a noite, na cidade de Vyshneve, subúrbios do sudoeste de Kiev, na UcrâniaFADEL SENNA / AFP

A Ucrânia acusou, nesta terça-feira (7), o exército russo de prender cerca de 600 pessoas, em sua maioria jornalistas e ativistas, na região de Kherson (sul), totalmente ocupada pelas tropas russas.
"Segundo as informações que temos, quase 600 pessoas estão (...) retidas em porões especialmente habilitados na região de Kherson", disse Tamila Tacheva, representante do presidente ucraniano para a Crimeia, a península ucraniana limítrofe com Kherson que foi anexada por Moscou em 2014.
São "principalmente jornalistas e ativistas" que organizaram "manifestações a favor da Ucrânia em Kherson e sua região", acrescentou.
"Estão detidos em condições desumanas e estão sendo torturados", acusou Tacheva, sem fornecer detalhes.
Alguns dos ucranianos detidos na região de Kherson - civis, mas também prisioneiros de guerra - foram enviados posteriormente a prisões na Crimeia, disse a mesma fonte.
Kherson tinha mais de um milhão de habitantes antes da invasão russa no final de fevereiro.