Reinaldo García ZapataReprodução / Redes sociais

Autoridades de Cuba começaram a aplicar cortes de luz programados a partir desta segunda-feira (1º) em Havana. Mais de dois meses atrás, a mesma medida foi tomada em outras províncias da ilha, em dificuldades para produzir e distribuir energia, confirmou a AFP.
Os moradores da capital, de 2,1 milhões de habitantes, vão enfrentar dois cortes por semana de quatro horas cada, anunciou o governador, Reinaldo García Zapata, citado pelo jornal estatal Tribuna de La Habana.
Os cortes não afetarão hospitais e outros serviços como água e gás, garantiu García Zapata.
A medida irritou a população nas últimas semanas e alguns protestos foram organizados em localidades rurais, com panelaços. Os protestos ocorreram durante a noite porque as pessoas têm dificuldades para dormir neste verão, sem ventiladores ou ar condicionado.
Os apagões foram um dos estopins para os protestos antigovernamentais em massa de 11 de julho de 2021, os maiores em 60 anos. Cerca de 700 manifestantes ainda estão presos.
Os cortes de luz foram programados devido a trabalhos de manutenção nas obsoletas geradoras de energias e as frequentes avarias em suas instalações.
O sistema elétrico do país tem atualmente uma capacidade de distribuição de energia média de 2.500 megawatts, insuficiente para a demanda dos lares em horários de máximo consumo, que alcança os 2.900 megawatts, segundo dados oficiais.