Um jato militar chinês sobrevoa a Ilha Pingtan, um dos pontos mais próximos da China a Taiwan, na última sextaAFP

A China anunciou nesta segunda-feira, 8, que está estendendo exercícios militares ameaçadores em torno de Taiwan, que interromperam o transporte marítimo e aéreo e aumentaram substancialmente as preocupações sobre o potencial de conflito na região.

Os movimentos incluíram exercícios antissubmarinos, aparentemente visando o eventual apoio dos Estados Unidos a Taiwan no caso de uma potencial invasão chinesa, de acordo com postagens nas mídias sociais da liderança oriental do braço militar do Partido Comunista da China, o Exército de Libertação Popular.

Os militares disseram que os exercícios envolvendo ataques com mísseis, aviões de guerra e movimentos de navios que cruzam a linha média do Estreito de Taiwan, dividindo os lados, foram uma resposta à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse no domingo, 7, que detectou um total de 66 aeronaves e 14 navios de guerra realizando os exercícios navais e aéreos. A ilha respondeu colocando seus militares em alerta e enviando navios, aviões e outros meios para monitorar aeronaves, navios e drones chineses que estão "simulando ataques à ilha de Taiwan e nossos navios no mar".
Aeronaves do Exército da China sobrevoam zona aérea da ilha
O Exército de Taiwan identificou 21 aeronaves do Exército de Libertação Popular (PLA, na sigla em inglês) da China que ultrapassaram a linha que divide as zonas aéreas chinesa e taiwanesa, até às 17h do horário local (6h em Brasília) desta segunda-feira, dia 8, informou o Ministério de Defesa do país em sua conta no Twitter.

De acordo com a pasta, ao todo, 39 aeronaves do Exército chinês foram vistas ao redor do espaço aéreo taiwanês, delimitado à leste do Estreito de Taiwan. O Exército do país respondeu ao exercício militar da China com "atividade de aviões de combate, embarcações navais e sistemas de mísseis baseados em terra", disse o ministério.