Von der Leyen acusa Vladimir Putin de manipular o setor Kenzo Tribouillard/AFP

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, detalha nesta quarta-feira, 7, algumas propostas do órgão da União Europeia para lidar com o quadro no setor energético da região, que tem sido pressionado pelo corte do envio de gás russo pelo gasoduto Nord Stream 1. Von der Leyen afirma, em declaração no Twitter, que o braço executivo da UE deseja limitar as receitas de empresas que produzem eletricidade com custos baixos.

Segundo a autoridade, essas companhias registram "receitas inesperadas", no quadro atual de forte aumento nos preços. "É hora dos consumidores se beneficiarem dos custos baixos", afirmou, ao dizer que a Comissão Europeia vai propor que esses lucros inesperados sejam "reorientados" para o apoio a empresas e pessoas em situação vulnerável.

Na visão de Von der Leyen, também é preciso haver uma estratégia para reduzir picos no uso de energia, contendo custos. Ursula disse que será proposta uma meta obrigatória para corte no uso de eletricidade nos horários de pico.

A presidente da Comissão Europeia acrescentou que empresas de combustível fóssil registram "lucros massivos". Segundo ela, a UE proporá uma "contribuição de solidariedade" para companhias de petróleo e gás, nesse contexto. Já as concessionárias de energia devem receber apoio à liquidez, para lidar com a grande volatilidade nos preços.

Von der Leyen ainda criticou em suas mensagens o presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusando-o de manipular o setor de energia. Segundo ela, a UE pretende aprovar medidas para proteger os mais vulneráveis, mantendo unidade política, enquanto reduz a receita da Rússia ao comprar menos gás do país.