Secretário-geral da ONU, António GuterresReprodução
O governo do Paquistão elaborou um plano de ajuda e a ONU pediu no fim de agosto um financiamento internacional imediato de 160 milhões de dólares.
Este ano, o país já enfrentou uma onda de calor que, em alguns casos, superou os 50 ºC, além de grandes incêndios florestais e inundações devastadoras causadas pelo rápido derretimento das geleiras.
O Paquistão é responsável por menos de 1% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, mas ocupa o oitavo lugar entre os países mais ameaçados pelos fenômenos meteorológicos extremos, segundo um estudo da ONG Germanwatch.
A agência meteorológica nacional afirmou que a temporada de monção deste ano provocou uma média de chuvas cinco vezes acima do normal. Nas províncias do sul (Baluchistão e Sindh), as chuvas foram mais de quatro vezes superiores à média dos últimos 30 anos.
O mau tempo provocou inundações repentinas nos rios das montanhas do norte, destruindo estradas, pontes e edifícios em minutos, e um lento acúmulo de água nas planícies do sul. Centenas de acampamentos improvisados surgiram nos poucos espaços secos no sul e oeste do país.
Segundo os últimos dados da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA), as inundações causaram a morte de quase 1.400 pessoas desde junho. Cerca de 7.000 quilômetros de estradas, 246 pontes e 1,7 milhão de casas e empresas foram destruídas ou gravemente danificadas.
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