Principal taxa de juros do banco situa-se agora entre 3% e 3,25%Internet - reprodução
EUA: Fed ataca inflação com novo aumento robusto dos juros
Principal taxa de juros do banco situa-se agora entre 3% e 3,25%
Em luta contra a inflação, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou nesta quarta-feira, 21, uma nova alta de 0,75 ponto percentual das taxas de juros e advertiu que espera agora um crescimento do PIB quase nulo para 2022.
A principal taxa de juros do Fed situa-se agora entre 3% e 3,25%, anunciou a instituição em nota à imprensa.
Esta é a terceira vez consecutiva que o Fed eleva as taxas nesta proporção, em sua luta contínua para baixar uma inflação que atingiu cifras recorde em 40 anos. Além disso, o Fed estima que serão necessários novos aumentos dos juros este ano, segundo o comunicado, até que a taxa de juros oficial suba mais um ponto percentual.
A elevação das taxas de referência aumenta automaticamente os juros dos empréstimos a pessoas físicas e jurídicas. O objetivo é frear a atividade econômica e, assim, aliviar a pressão sobre os preços.
Os juros dos empréstimos imobiliários, por exemplo, subiram desde o começo do ano e acabam de passar dos 6% para créditos a 30 anos pela primeira vez desde 2008. Isto faz caírem as vendas em um setor que gozava de excelente saúde desde o início da pandemia.
A reunião do comitê de política monetária (FOMC) aproveitou para atualizar suas previsões econômicas. Agora, prevê um crescimento quase nulo do PIB em 2022, enquanto em junho esperava +1,7%. Depois, prevê um repique de até 1,2% em 2023, embora não tão forte quanto o crescimento de 1,7% que esperava em junho para o próximo ano.
As previsões de inflação se mantêm perto do esperado em junho: 5,4% em 2022 (frente a 5,2%) para a inflação PCE, antes de desacelerarem fortemente em 2023, até 2,8% (frente a 2,6% anteriormente).
O Fed privilegia o índice de inflação PCE, que se situou em 6,3% interanual em julho, segundo o último dado disponível, frente ao índice IPC, usado como referência para indexar especialmente as pensões.
Embora o aumento dos preços tenha desacelerado em agosto, graças à queda dos preços da gasolina, ainda persiste uma pressão muito forte, com uma inflação de 8,3% interanual em agosto.
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