Putin enfrenta uma crise interna no país após anunciar a convocação de 300 mil pessoas para a guerra contra a UcrâniaAFP
Contrários à convocação para guerra, manifestantes russos protestam em Moscou
Cerca de 750 russos foram presos no ato em resposta ao anúncio de Putin sobre a mobilização de 300 mil reservistas
Moscou - Russos de diversas regiões do país se mobilizaram em protesta no sábado, 24, contra a decisão do presidente, Vladimir Putin, de mobilizar 300 mil pessoas para a guerra na Ucrânia. As manifestações foram a primeira ação sustentada de descontentamento desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, no fim de fevereiro.
"Entendemos que a mobilização afetará muitas pessoas que não se importavam com a guerra e esperamos que isso possa se tornar um momento crucial", disse o ativista Timofey Martynenko, do movimento de oposição Vesna, ou Spring, um dos principais impulsionadores dos protestos. "O regime não vai parar de destruir a Ucrânia - e a Rússia também", completou.
Na Rússia, a dissidência pública é criminalizada e a polícia deteve 750 pessoas nos protestos de hoje. Outras 1,4 mil já haviam sido detidas na quarta-feira (21) por se manifestarem sem autorização, de acordo com o monitor independente de direitos OVD-Info, da Rússia.
Drones. Além de recrutar combatentes, a Rússia expandiu o uso de drones iranianos na Ucrânia. Neste sábado, autoridades ucranianas afirmaram ter derrubado mais de uma dúzia dos equipamentos nas linhas de frente.
Os drones iranianos são relativamente pequenos e voam a uma altitude muito baixa, tornando difícil para os sistemas de defesa aérea ucranianos detectá-los. Imagens transmitidas por canais de notícias da Ucrânia mostraram soldados tentando, sem sucesso, derrubar um deles com armas pequenas.
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