Lançamento é o mais recente de uma série de testes de armas que podem culminar em um teste nuclearReprodução
Coreia do Norte dispara dois mísseis balísticos de curto alcance no mar
Lançamentos coincidem com o fim de 12 dias de exercícios navais anfíbios da Coreia do Sul e dos Estados Unidos
A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance nesta sexta-feira, 28, informou o Exército sul-coreano, a mais recente de uma série de testes de armas que podem culminar em um teste nuclear, de acordo com Washington e Seul.
Esses lançamentos coincidem com o fim de 12 dias de exercícios navais anfíbios da Coreia do Sul e dos Estados Unidos e ocorrem alguns dias antes do início dos exercícios aéreos na segunda-feira, 31, que mobilizarão mais de 200 aviões de combate desses dois países.
Essas iniciativas enfurecem o regime liderado por Kim Jong Un, que as considera exercícios para uma eventual invasão e muitas vezes responde com "contramedidas" como esses disparos.
O Exército sul-coreano afirmou que detectou "dois mísseis balísticos disparados da área de Tongchon de Gangwon entre 11h59 (23h59 do dia anterior, no horário de Brasília) e 12h18", referindo-se a uma província na costa leste da Coreia do Norte.
"Nosso exército aumentou o monitoramento e a vigilância e permanece em total prontidão em estreita coordenação com os Estados Unidos", disse o Estado-Maior Conjunto em nota.
Com as negociações na península paralisadas há muito tempo, as tensões aumentaram este ano devido a uma série de testes militares do país liderado por Kim Jong Un, que recentemente declarou seu status de potência nuclear "irreversível".
Autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul vêm alertando há meses que Kim está preparando um novo teste nuclear, que seria o sétimo na história do país e o primeiro desde 2017.
Na terça-feira, 25, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol disse que o Norte tinha tudo pronto para este teste. "Parece que eles já completaram os preparativos para seu sétimo teste nuclear", disse ele durante um discurso parlamentar.
Na quarta-feira, 26, os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul alertaram que tal teste seria recebido com uma "resposta de força sem precedentes".
Desde a chegada de Yoon Suk-yeol, a Coreia do Sul intensificou os exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos, que recentemente enviaram um porta-aviões movido a energia nuclear para a área, e com o Japão.
Analistas consideram que Pyongyang quer aproveitar o bloqueio entre as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas para acelerar a modernização de suas armas.
Em uma recente reunião do conselho para discutir o lançamento de um míssil norte-coreano que sobrevoou o Japão, a China, principal aliado de Pyongyang, acusou os Estados Unidos de provocar essa série de disparos.
Há meses essa instância está dividida sobre como responder às ações do país comunista: China e Rússia simpatizam com Kim Jong Un e o restante do conselho pede o aumento das sanções existentes contra o país.
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