'O Grito' é a emblemática obra-prima do pintor norueguês Edvard MunchHeiko Junge/AFP

Oslo - Ativistas ambientais tentaram, nesta sexta-feira, 11, colocar as mãos em "O Grito", a emblemática obra-prima do pintor norueguês Edvard Munch. A tentativa aconteceu em Oslo, capital da Noruega, mas os militantes não tiveram sucesso. O objetivo era denunciar a indústria petroleira na Noruega, segundo a polícia.
Guardas do Museu Nacional de Oslo interviram, e a pintura, protegida por um vidro, não foi danificada, informou a polícia. A obra é uma das mais famosas do mundo e símbolo do movimento expressionista.
"Eu grito quando as pessoas morrem!", bradou uma das duas pessoas detidas durante a ação, de acordo com a imprensa local. "Grito quando os políticos ignoram a ciência", disse a outra.
O incidente aconteceu por volta das 10h30 do horário local (7h30 de Brasília). O ato é o mais recente de uma longa série de ações similares, e acontece enquanto a COP27 discute a questão climática mundial.
Ativistas a favor do clima tem ido a vários grandes museus do mundo para denunciar, segundo eles, a falta de atenção à causa climática. 
"Estamos no Museu Nacional depois de um telefonema dos guardas. Chegaram a neutralizar três pessoas, duas das quais tentaram se colar ao quadro", relatou a polícia de Oslo.
A ministra norueguesa da Cultura, Anette Trettebergstuen, classificou a ação como "inaceitável". A Noruega é o maior produtor de petróleo da Europa Ocidental.