Governo de Nicolás Maduro chega a acordo que alivia as sanções aplicadas pelos Estados UnidosPedro Rances Mattey / AFP
O Departamento de Estado, por sua vez, informou que as demais sanções continuam em vigor e que os Estados Unidos continuarão a aplicá-las "vigorosamente". O pacto entre governo e oposição liberaria recursos venezuelanos bloqueados no exterior, segundo Caracas, que não especificou onde estão esses recursos ou seu valor.
Opositor feroz de um relaxamento da pressão contra Caracas, o influente senador democrata Bob Menéndez, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, estimou que o acordo deste sábado é "um passo urgente e necessário para enfrentar a miséria e o sofrimento do povo venezuelano".
Menéndez destacou, porém, que "não tem ilusões" sobre a "vontade repentina" de Nicolás Maduro de agir "no melhor interesse de seu povo". A Venezuela está sob sanções dos Estados Unidos e da Europa, adotadas para promover a saída de Maduro do poder, mas que ao mesmo tempo agravaram a crise econômica que atinge o país sem alcançar os resultados desejados.
As negociações foram retomadas em maio com a flexibilização de algumas sanções americanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia e seu impacto nos preços do petróleo.
O governo americano já admitiu publicamente que o petróleo venezuelano pode ser útil num mercado internacional com preços elevados e contexto de forte inflação nos Estados Unidos devido, em grande medida, ao aumento dos preços dos combustíveis.