Rússia começou a atacar instalações energéticas ucranianas em outubro, causando graves danos e deixando milhões de ucranianos sem eletricidadeAFP

O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, pediu à União Europeia (UE) nesta quinta-feira, 1º, que inclua a indústria russa de mísseis em seu novo pacote de sanções, após os bombardeios de Moscou que danificaram infraestruturas energéticas da Ucrânia.

Após vários reveses no terreno, a Rússia começou a atacar instalações energéticas ucranianas em outubro, causando graves danos e deixando milhões de ucranianos sem eletricidade.

"Josep Borrell e eu concordamos: uma guerra total contra a Ucrânia significa um apoio total à Ucrânia", tuitou Kuleba, após uma reunião com seu homólogo europeu, à margem de uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em Lodz, na Polônia.

"Agradeci à UE por sua ajuda constante em matéria de defesa e indiquei que as próximas sanções da UE teriam de incluir aquelas que afetam a indústria russa de produção de mísseis: isso tem que acabar", frisou.

Até agora, a União Europeia proíbe as exportações para a Rússia de "bens de uso duplo e de produtos tecnológicos que possam contribuir para as capacidades de defesa e de segurança da Rússia".

Também proíbe "o comércio de armas e armas de fogo de uso civil", assim como "o comércio de munições, de veículos militares e de equipamento paramilitar".

No dia 24 de novembro, os últimos bombardeios de mísseis russos contra instalações de energia deixaram regiões inteiras da Ucrânia, incluindo a capital nacional, Kiev, às escuras e no frio.