A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, reafirmou nesta terça-feira, 17, que o comércio internacional é essencial para que os países possam alcançar a neutralidade de carbono. Dessa forma, de acordo com ela, é necessário garantir um comércio eficiente para que as metas sejam alcançadas e acelerar o trabalho em novos acordos de livre comércio, "como com o Mercosul", citou.
No entanto, a líder fez críticas à China, que, segundo ela, "subsidia pesadamente sua indústria", restringindo o acesso ao seu mercado por empresas da União Europeia (UE). "Precisamos ser competitivos. A China tem incentivado abertamente as empresas de energia intensiva da Europa e em outros lugares a realocarem toda ou parte de sua produção", argumentou. "A UE precisa focar na redução de risco em vez de se separar da China. Precisamos continuar trabalhando com ela", ponderou Von der Leyen, em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Von der Leyen também comentou que a UE adaptará temporariamente as suas regras de ajuda estatal para acelerar e simplificar a ajuda à indústria verde e combater os riscos de recolocação de subsídios estrangeiros. "Mudança climática precisa ser abordada de forma global, mas de forma justa", disse.
Segundo ela, os europeus têm um plano para chegar à neutralidade de carbono. "A história de uma economia limpa será escrita na Europa", apontou.
Por fim, a presidente da Comissão Europeia também comentou sobre a guerra na Ucrânia: "não iremos diminuir nosso apoio à Ucrânia", garantiu.