Alberto Fernández diz que há a necessidade de 'integrar a América Latina'
A fala ocorreu em encontro com o chefe de Estado brasileiro e se refere a potencialização do Mercosul junto com a retomada da Unasul
Lula foi à Argentina e se encontrou com o presidente Alberto Fernández em sua primeira viagem internacional do novo mandato - Ricardo Stuckert/PR/Agência Brasil
Lula foi à Argentina e se encontrou com o presidente Alberto Fernández em sua primeira viagem internacional do novo mandatoRicardo Stuckert/PR/Agência Brasil
Alberto Fernández, presidente da Argentina, disse em encontro com o chefe de Estado brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ambos têm o objetivo de reforçar as relações com outros países do Mercosul e estão comprometidos em voltar com a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). A fala do presidente foi dada durante a visita de Lula à Argentina nesta segunda-feira (23).
"Uma visão que temos em conjunto é a necessidade de integrar a América Latina. Falamos primeiramente da relação entre os nossos países [Brasil e Argentina]. Depois falamos sobre fortalecer e potencializar o Mercosul", afirmou o presidente argentino.
"Também falamos sobre voltar a colocar em andamento a Unasul [União das Nações Sul-Americanas]. Também chegamos ao acordo de aproveitar o encontro de amanhã [cúpula da Celac] para ouvir todos os líderes do continente, sempre com o propósito de favorecer a integração da região", continuou o mandatário argentino.
Na próxima terça-feira (24), a Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) acontecerá, renuindo os chefes de Estado da Argentina, Brasil, Chile (Gabriel Boric) e do Uruguai (Luis Lacalle Pou).
Outro ponto reforçado pelo presidente argentino é o compromisso de que ambas as nações deverão reafirmar as respectivas democracias. "Pelo Brasil passou Bolsonaro e pela Argentina passou Macri, e temos desafios muito parecidos. O 1º deles é consolidar a democracia e as instituições", continuou Fernández, ressaltou que não irá "permitir que alguns fascistas se aposse da soberania popular".
Os presidentes foram questionados sobre uma possível moeda comum entre os países, e Fernández disse que ambos não sabem "como funcionaria uma moeda comum [entre os países]. Nem [sabem] como funcionaria uma moeda comum na região [América do Sul]. Mas, sim, [sabem] o que acontece com economias nacionais que necessitam funcionar com moedas estrangeiras e sabemos como isso é nocivo".
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