Serviço de ambulâncias entra em greve no Reino UnidoNiklas Halle'N / AFP
Motoristas de ambulâncias retomam greve no Reino Unido
É o terceiro protesto nas últimas cinco semanas feito pela categoria que reivindica um aumento salarial compense a alta inflação no país
Os motoristas de ambulância no Reino Unido fazem uma nova greve, nesta segunda-feira, 23, para pedir aumentos salariais que compensem a alta inflação no país, onde os conflitos sociais continuam a se multiplicar.
É o terceiro protesto nas últimas cinco semanas para motoristas de ambulância, que fazem parte do sistema público de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês).
Os profissionais de enfermagem já tinham feito uma paralisação de dois dias na semana passada, após uma primeira mobilização inédita em dezembro.
A indignação social está se espalhando por muitos setores no Reino Unido, onde a inflação está em 10,5%, segundo os dados mais recentes. Atingida pelo subfinanciamento crônico e pela falta de pessoal, a área da Saúde é uma das mais afetadas.
Uma nova jornada de protestos já está marcada para 6 de fevereiro. O governo segue, por sua vez, firme em sua vontade de aprovar uma criticada lei de serviços mínimos em diferentes setores, como saúde e transportes.
Em um comunicado divulgado na noite do último domingo, 22, o ministro da Saúde, Steve Barclay, considerou "muito decepcionante" a mobilização desta segunda e justificou as medidas promovidas pelo governo para garantir a segurança dos pacientes.
"Não houve uma proposta mínima nas últimas cinco semanas", respondeu a secretária-geral do sindicato Unite, Sharon Graham.
As organizações sindicais pedem que o primeiro-ministro britânico, o conservador Rishi Sunak, assuma as rédeas das negociações, considerando que o ministro Barclay não tem "autoridade" para chegar a um acordo.
Embora o ministro da Saúde tenha falado em "discussões construtivas" com os sindicatos, eles advertiram que manterão as greves até que o Executivo ouça suas propostas.