Putin diz que não está criando aliança militar com a ChinaAFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste domingo (26), que a China e as forças russas não tem uma aliança militar. Ele reiterou que a cooperação entre os países é "transparente".

“Não estamos criando nenhuma aliança militar com a China. Sim, temos cooperação na esfera da interação técnico-militar. Não estamos escondendo isso. Tudo é transparente, não há nada secreto", disse Putin na televisão da Rússia.
A Rússia e a China prometeram estreitar os laços durante um encontro entre os dias 20 e 22 de março. No início deste ano, os países assinaram um acordo de parceria “sem limites”. Semanas depois, Putin enviou dezenas de milhares de soldados à Ucrânia.

Xi Jinping, presidente da China, esteve na Rússia neste mês para uma "cooperação estratégica" entre as nações. Esta foi a primeira visita do líder chinês em território russo durante a guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. A última vez que a nação chinesa esteve na Rússia foi em 2019.

No entanto, Putin esteve em Pequim no ano passado para a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno. Ele e Xi também se encontraram reunião regional de segurança no Uzbequistão, em setembro de 2022.

A aproximação entre China e Rússia tem preocupado o Ocidente. Porém, Pequim nega estar ajudando os russos e propôs intermediar as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
Após a visita do líder chinês, Putin destacou que os dois países têm "vários objetivos em comum" e elogiou a China por sua "posição justa e equilibrada sobre os temas internacionais mais urgentes".
Xi declarou que a China está "disposta a permanecer de modo firme ao lado da Rússia", em nome de um "verdadeiro multilateralismo".

As potências ocidentais criticam a postura chinesa sobre a Ucrânia que, consideram, implica um apoio tácito de Pequim à intervenção armada de Moscou.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu na segunda-feira que a comunidade internacional "não se deixe enganar" pela postura da China e acusou o país de "fornecer cobertura diplomática à Rússia".