A segunda-feira, 3 de julho, bateu o recorde de calor em escala globalFabioCosta
Os especialistas destacam que as mudanças climáticas e os efeitos do El Niño são os principais responsáveis por esse fenômeno preocupante, que afeta os padrões climáticos em escala global. "Celebrar esse marco não é apropriado", afirmou a cientista climática Friederike Otto, do Instituto Grantham para Mudanças Climáticas e Meio Ambiente do Imperial College London, no Reino Unido. "Isso representa uma sentença de morte para as pessoas e ecossistemas."
Zeke Hausfather, cientista de pesquisa do Berkeley Earth, alertou que este é apenas o primeiro de muitos novos recordes que provavelmente serão estabelecidos ao longo deste ano, à medida que as emissões de dióxido de carbono e gases de efeito estufa continuam aumentando e um evento de El Niño se desenvolve, elevando ainda mais as temperaturas.
Já nos Estados Unidos , a onda de calor que afeta o sul do país já persiste há duas semanas, com sensações térmicas acima dos 40°C, resultando em pelo menos 13 mortes. No México, mais de 100 pessoas perderam a vida entre 12 e 25 de junho devido ao calor extremo que atingiu o norte do país.
Além disso, no fim de junho, a Espanha enfrentou sua primeira onda de calor do verão, com temperaturas ultrapassando os 44°C na região da Andaluzia, no sul do país, conforme a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet).
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