Em guerra com Israel, Hamas registra 6.546 mortes em Gaza
Balanço inclui 2.704 crianças. Além disso, 17.439 pessoas ficaram feridas nos bombardeios executados em resposta à ofensiva do grupo terrorista em 7 de outubro
Mulher caminha em região destruída de Rafah, em Gaza, após bombardeio - Mohammed ABED / AFP
Mulher caminha em região destruída de Rafah, em Gaza, após bombardeioMohammed ABED / AFP
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, sob controle do movimento islamista palestino Hamas, anunciou nesta quarta-feira, 25, que 6.546 pessoas morreram no território desde o início da guerra com Israel, em 7 de outubro.
O balanço inclui 2.704 crianças, segundo o ministério. Além disso, 17.439 pessoas ficaram feridas nos bombardeios israelenses executados em resposta à ofensiva do grupo terrorista em 7 de outubro, que matou mais de 1400 pessoas, a maioria civis, em território isralense. Outras 200 ainda foram sequestradas e levadas a Gaza.
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, explicou, na terça-feira, 24, durante visita a tropas, que o exército estava "atingindo duramente o inimigo". Nos ataques aéreos de segunda-feira, 23, o chefe de Estado israelense pontuou que "acertaram o inimigo com o golpe mais duro em um único dia".
O exército israelense anunciou, por sua vez, que tinha frustrado uma incursão do Hamas a partir do mar "no setor do kibutz Zikim", 3 km ao norte da Faixa de Gaza. Na semana passada, as Forças de Defesa de Israel anunciaram a morte de Rafat Harev Hossein Abu Halal, chefe da ala militar do grupo terrorista, em Rafah, cidade fronteiriça com o Egito.
"As queixas do povo palestino não podem justificar os ataques horrendos do Hamas. E esses ataques horrendos não podem justificar o castigo coletivo do povo palestino", destacou Guterres.
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, tratou de rebater as falas do secretário da ONU na terça-feira, 24, ao questionar em que "mundo ele vivia" e que Israel não tem apenas o direito, mas o dever de se defender por uma questão de existência.
"Senhor secretário-geral, em que mundo você vive? Sem dúvida, esse não é o nosso mundo. Como se pode colocar um acordo para um cessar-fogo quando estão dispostos a matar e a destruir nossa existência? A resposta proporcional ao massacre de 7 de outubro é a destruição total de todos e cada um dos membros do Hamas", declarou Cohen.
Nas redes sociais, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu a renúncia de Guterres e acrescentou que "não há qualquer justificação ou sentido em falar com aqueles que demonstram compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu".
The shocking speech by the @UN Secretary-General at the Security Council meeting, while rockets are being fired at all of Israel, proved conclusively, beyond any doubt, that the Secretary-General is completely disconnected from the reality in our region and that he views the…
— Ambassador Gilad Erdan גלעד ארדן (@giladerdan1) October 24, 2023
Lideranças do Hezbollah, Hamas e Jihad Islâmica se encontram
O secretário-geral, Hassan Nasrallah, conversou com o número dois do gabinete político do Hamas, Saleh al Aruri, e com o líder da Jihad Islâmica, Ziad Nakhaleh, e analisaram "os últimos acontecimentos na Faixa de Gaza desde o início da Operação Dilúvio de Al-Aqsa", nome que dado pelos terroristas ao ataque de 7 de outubro em solo israelense.
Os três grupos constituem o chamado "eixo de resistência", pró-Irã e hostil ao Estado de Israel, e coordenam suas ações com outras facções palestinianas, sírias e iraquianas. Na reunião, também se discutiu "o confronto em curso nas fronteiras libanesas".
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