Área de Khan Yunis, em Gaza, destruída após bombardeio de Israel nesta sexta-feira, 1Mahmud Hams/ AFP

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta sexta-feira, 1, que lamenta "profundamente" a retomada das hostilidades na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas e espera que uma trégua possa ser restaurada.
"Lamento profundamente que as operações militares tenham recomeçado em Gaza. Ainda espero que seja possível renovar a pausa que estabelecemos", escreveu em uma mensagem na rede social X (antigo Twitter).
O chefe da ONU insistiu que a retomada dos combates "apenas mostra o quão importante é ter um verdadeiro cessar-fogo humanitário".
Os combates entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas foram retomados nesta sexta-feira na Faixa de Gaza, imediatamente após o término da trégua de uma semana acordada com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos.
"O Hamas violou a pausa operacional e disparou contra o território israelense", afirmou o Exército do país em um comunicado. O anúncio aconteceu depois que as FDI interceptaram um foguete lançado a partir de Gaza, o primeiro desde 24 de novembro, quando começou a trégua.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, anunciou que 29 pessoas morreram na Faixa desde a retomada dos combates. A pasta citou sete mortes no norte do território - Jabaliya e Cidade de Gaza -, 12 em Khan Yunes e Rafah, no sul, e 10 em Al Maghazi, no centro da região.
Catar faz apelo para o fim do conflito na Palestina
O Catar, principal mediador entre Israel e o movimento palestino Hamas, fez um apelo nesta sexta-feira para que a comunidade internacional atue com rapidez para acabar com a violência na Faixa de Gaza após a retomada dos bombardeios israelenses.
"Os bombardeios na Faixa de Gaza nas primeiras horas do dia após o fim da pausa estão complicando os esforços de mediação e exacerbando a catástrofe humanitária", afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Catar em um comunicado.
A nota pede à comunidade internacional que "atue rapidamente para acabar com a violência", condenando as operações direcionadas contra "civis, a prática da punição coletiva e as tentativas de deslocar à força os cidadãos da cercada Faixa de Gaza".
*Com informações da AFP