Donald Tusk, novo primeiro-ministro da PolôniaWojtek Radwanski/AFP

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, pediu nesta terça-feira, 12, em seu discurso no Parlamento, apoio para a Ucrânia em guerra e afirmou o seu desejo de reconstruir uma comunidade nacional profundamente dividida.
Em seu discurso aos deputados da Câmara Baixa, Tusk fez um apelo ao mundo para uma "mobilização total" a favor da Ucrânia frente à ofensiva russa e garantiu que trabalhará "efetivamente em favor de Kiev".
O Parlamento polonês realizará na tarde desta terça-feira o voto de confiança, quase garantido em uma Câmara Baixa controlada pela sua coalizão pró-Europa, que acabará com oito anos de poder nacionalista populista.
O ex-presidente do Conselho Europeu também manifestou que espera se reunir ainda esta semana com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em uma cúpula europeia em Bruxelas.
O desejo de cooperação parece recíproco, visto que Zelensky lhe enviou imediatamente uma mensagem de "parabéns" na rede social X (antigo Twitter) no mesmo dia de sua eleição como chefe do governo polonês.
O novo primeiro-ministro declarou ainda que vai restaurar a credibilidade da Polônia na União Europeia (UE), dando ao seu país uma voz forte, e prometeu libertar os fundos europeus congelados por Bruxelas, com quem o Executivo populista anterior mantinha relações conturbadas.
"Somos mais fortes, mais soberanos, não só quando a Polônia é mais forte, mas também quando a União Europeia é mais forte", disse Tusk, que já havia sido primeiro-ministro de 2007 a 2014 e presidente do Conselho Europeu de 2014 a 2019.
O novo premiê deverá tomar posse na manhã de quarta-feira, 13.