Caso aconteceu em Guayaquil, no sudoeste do paísReprodução

Quatro crianças, entra elas um bebê de cinco meses, foram assassinadas dentro de sua casa em Guayquil, no Equador, quando homens armados entraram e abriram fogo contra a família, informaram as autoridades nesta terça-feira (12).
O Ministério Público abriu "uma investigação sobre o homicídio de 4 crianças" na noite de segunda-feira, conforme indica a sua conta na rede social X. Os menores baleados tinham cinco meses, três, cinco e sete anos e, segundo a polícia, não eram o alvo inicial do ataque.
Segundo a entidade investigadora, "seus pais ficaram feridos" no meio do ataque ocorrido dentro de uma casa localizada no setor Guasmo Sur, área empobrecida de Guayaquil (sudoeste) e dominada pelas gangues criminosas Los Lagartos e Mafia 18.
Guayaquil é uma das cidades mais violentas do Equador, onde gangues criminosas ligadas ao tráfico de drogas espalham o terror na disputa pelo controle do território para a passagem de drogas.
O general Víctor Herrera, comandante de Guayaquil e dos arredores de Durán e Samborondón, afirmou em entrevista coletiva que a mãe dos menores está hospitalizada com "prognóstico reservado".
Segundo o oficial superior da polícia, "o evento violento não era dirigido a essa família, mas sim a uma casa adjacente", onde os agentes uniformizados encontraram material "para realizar ataques com explosivos".
Os assassinos entraram na casa por volta das 21h, horário local (23h no horário de Brasília), e dispararam vários tiros, em um ataque que as autoridades disseram ter sido dirigido contra a gangue Los Lagartos.
Segundo o relatório semestral do Observatório Equatoriano do Crime Organizado, entre janeiro de 2019 e junho de 2022, os homicídios de jovens entre 15 e 19 anos aumentaram 500%. Ou seja, passou de 41 mortes para 246.
O documento registra ainda 61 mortes violentas de crianças de até 14 anos no primeiro semestre de 2023.
Os homicídios no Equador quadruplicaram entre 2018 e 2022, quando o país atingiu o recorde de 26 por 100 mil habitantes. Esse número pode subir este ano até 40 assassinatos por 100 mil pessoas, segundo especialistas.