Países estão em guerra desde fevereiro de 2022Reprodução

A Ucrânia acusou, nesta terça-feira (12), os serviços secretos russos pelo grande ataque cibernético que paralisou os serviços da maior operadora móvel do país.
"Os serviços especiais da Federação Russa podem estar por trás deste ataque hacker", disse a serviço de segurança da Ucrânia (SBU) em comunicado.
A maior operadora móvel do país, Kyivstar, que conta com 24,3 milhões de assinantes, publicou no Facebook que foi alvo de um "poderoso ataque de hackers" e que isso causou "uma falha técnica" que inviabilizou temporariamente o acesso à Internet e aos serviços de telefonia.
"Esta é uma guerra, não está acontecendo apenas no campo de batalha, mas também no espaço virtual e, infelizmente, somos afetados como resultado", disse o CEO da Kyivstar, Oleksandr Komarov, em rede nacional.
"Vemos que o principal objetivo deste ataque é a destruição máxima possível da infraestrutura de TI da operadora. Eles alcançaram parcialmente esse objetivo", acrescentou o representante da empresa, que vinculou o ataque à invasão russa.
O SBU afirmou que abriu uma investigação e enviou seus agentes aos escritórios da companhia. O apagão afetou muitos outros serviços e empresas na Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
O principal banco do país, Privatbank, informou que uma parte dos seus caixas eletrônicos e terminais foram afetados, segundo o site de televisão pública Hromadske.
Outra instituição financeira, Monobank, também afirmou ter sofrido um "ataque maciço", segundo seu fundador, Oleg Gorokhovsky, no Telegram.
O ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, disse que houve "falhas em grande escala" na rede Kyivstar e que deixaram "muitos assinantes" sem serviço.
Autoridades da cidade de Sumy, no nordeste do país, afirmaram que o sistema de alerta aéreo "não funcionará temporariamente". O serviço de inteligência militar ucraniano GUR declarou, por sua vez, que havia hackeado o sistema tributário russo, classificando a ação como uma "operação especial bem-sucedida".