Marinha da República Islâmica do Irã apreendeu um petroleiro norte-americano nas águas do mar de OmãReprodução
Marinha iraniana apreende petroleiro na costa de Omã
Empresa grega disse ter pedido contato com navio; homens armados e com uniforme militar invadiram embarcação
A Marinha iraniana disse nesta quinta-feira, 11, que apreendeu um petroleiro no Golfo de Omã após "uma decisão da Justiça", informou a mídia estatal.
"A Marinha da República Islâmica do Irã apreendeu um petroleiro norte-americano nas águas do mar de Omã, de acordo com uma decisão da Justiça", de acordo com a agência de notícias oficial Irna.
Anteriormente, a agência de segurança marítima britânica (UKMTO) e a empresa privada Ambrey anunciaram que vários homens armados "em uniforme militar" haviam abordado um petroleiro no golfo de Omã.
"Quatro ou cinco pessoas não autorizadas" embarcaram em um navio que navegava ao largo da cidade de Sohar, no norte do sultanato, informou a UKMTO. Os indivíduos usavam "uniforme militar preto" e máscaras da mesma cor, especificou.
De acordo com a empresa de segurança marítima privada, Ambrey, o incidente ocorreu por volta das 07h30 (12h30 no horário de Brasília) a bordo do "St Nikolas", um petroleiro com bandeira das Ilhas Marshall que posteriormente seguiu para Bandar-e Jask, na costa sul do Irã.
A Empire Navigation, grupo grego que opera o "St Nikolas", afirmou em comunicado que "perdeu contato" com o navio e com os 19 membros da tripulação, composta por 18 filipinos e um grego.
A embarcação recebeu o carregamento em Basora, no Iraque, de "cerca de 145 mil toneladas de petróleo destinados à Aliaga (Turquia) através do Canal de Suez", explicou.
O petroleiro, cujo nome foi alterado recentemente, havia sido processado e multado por transportar petróleo iraniano apesar das sanções internacionais. O carregamento foi confiscado pelas autoridades americanas, informou a Ambrey.
O "Irã já atuou anteriormente contra aqueles que acusam de colaborar com os Estados Unidos", acrescentou a empresa.
O Golfo de Omã, muito utilizado pela indústria do petróleo, foi palco de vários incidentes e ataques nos últimos anos, muitos dos quais envolveram o Irã.
O transporte marítimo na região foi recentemente abalado pelos ataques dos rebeldes huthis do Iêmen no Mar Vermelho, com drones e mísseis.
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