Vape é visto com alternativa ao cigarroReprodução

Os participantes do "2º Fórum Latino-Americano de Nicotina e Redução de Riscos: Ciência, Regulação e Ativismo" falaram sobre como os vapes podem contribuir significativamente no combate ao tabagismo e como a proibição em países como México, Brasil e Panamá levou a um aumento do comércio ilegal, além de limitar as opções dos fumantes a alternativas de menor risco para o consumo de nicotina.
O Brasil foi um dos principais focos do debate, já que, diante da proibição vigente desde 2009, o consumo dos dispositivos eletrônicos só cresceu e o mercado ilegal segue descontrolado. Miguel Okumura, ativista pela redução de danos, foi um dos brasileiros que contribuiu com as discussões e lembrou que as decisões sobre o tema no país precisam ser baseadas em evidências científicas e levar em consideração os consumidores. A reunião aconteceu no último dia 6 de fevereiro.
"É muito importante que as pessoas participem deste debate para que possamos ter o direito de optar por alternativas mais seguras", explica.

Para Víctor Salcedo, membro da Câmara de Representantes da Colômbia, a experiência do país indica que o certo é regulamentar, e não proibir. Juan Lee, presidente da organização México y el Mundo Vapeando, defendeu que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) "não pode perder a oportunidade de regulamentar produtos alternativos de consumo de nicotina, considerando seu potencial de redução de riscos e respeito aos direitos humanos".

Ao final do evento, os participantes assinaram um manifesto que exige que todos os governos latino-americanos evitem proibições e desenvolvam quadros regulamentares baseados na ciência. A ideia é buscar uma maior conscientização para o tema que é um dos principais da conferência da OMS para o Controle do Tabaco (COP 10).