Gangues tentam paralizar Porto Príncipe, capital do Haiti, para derrubar o atual primeiro-ministro do paísClarens Siffory / AFP
Volker Türk pediu o envio urgente de uma missão multinacional para apoiar a polícia haitiana. "A realidade é que, no contexto atual, não existe nenhuma alternativa realista disponível para proteger vidas", disse ele.
A violência das gangues também deixou 692 feridos desde o início de janeiro, "números chocantes", segundo Türk.
Diante da situação que se deteriorou acentuadamente nos últimos dias, o Conselho de Segurança da ONU prevê realizar uma reunião de emergência nesta quarta-feira.
Gangues armadas, que controlam grandes áreas do Haiti, anunciaram na semana passada um esforço conjunto para derrubar o primeiro-ministro, Ariel Henry, e desde então o aeroporto, prisões, delegacias e outros alvos estratégicos na capital Porto Príncipe foram atacados.
Türk, que conhece bem o Haiti porque trabalhou lá no passado, descreveu um sistema de saúde "à beira do colapso", escolas e empresas fechadas, "crianças cada vez mais exploradas por gangues".
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