Israelenses pedem ação urgente do governo que permita a libertação dos reféns cativos em GazaAFP
Milhares de israelenses pedem em Tel Aviv devolução de reféns cativos em Gaza
Os manifestantes fizeram um minuto de silêncio na praça dos reféns, em Tel Aviv, em homenagem aos mortos
Milhares de pessoas protestaram na noite deste sábado (25), na capital israelense, para reivindicar uma ação urgente do governo que permita a libertação dos reféns cativos em Gaza, depois que o exército recuperou os corpos de três pessoas sequestradas pelo Hamas, incluindo um brasileiro.
Os manifestantes fizeram um minuto de silêncio na praça dos reféns, em Tel Aviv, em homenagem aos mortos, segundo um correspondente da AFP.
O exército israelense declarou na sexta-feira que tinha recuperado os corpos de três reféns: o israelense Hanan Yablonka, o franco-mexicano Orión Hernández Radoux e o israelense-brasileiro Michel Nisenbaum, durante uma operação em Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza.
"Em algumas horas, vou enterrar meu irmão de 42 anos [...] Eu temia por este momento", disse, durante a manifestação, Avivit, irmã de Hanan Yablonka.
"Meu irmão, te prometo que vou continuar gritando [...], lutando e fazendo tudo o que estiver em minhas mãos para que todos os reféns voltem para casa sãos e salvos", continuou.
"Devemos tirá-los desse inferno agora", acrescentou.
Os corpos de outros quatro reféns falecidos - Ron Benjamin, Yitzhak Gelerenter, Shani Louk e Amit Buskila - foram recuperados na semana passada em Gaza.
Neste sábado também foi realizada outra manifestação em Tel Aviv para pedir eleições antecipadas e a demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A guerra na Faixa de Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas mataram mais de 1.170 pessoas, em sua maioria civis, no sul de Israel, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses.
Os milicianos também sequestraram 252 pessoas. Israel afirma que 121 ainda estão sequestradas em Gaza, das quais 37 teriam morrido.
Em retaliação ao ataque de outubro, Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, na qual morreram até agora 35.903 palestinos, em sua maioria também civis, segundo o ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas.
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