Israel intensificou os bombardeios em RafahAFP
Israel lançou uma ofensiva em Rafah no início de maio, apesar da oposição da comunidade internacional, que expressou preocupação com os civis palestinos deslocados dos combates e abrigados nesta extremidade do território.
Um bombardeio israelense contra um campo de deslocados de Rafah no fim de semana, que causou um incêndio que deixou 45 mortos, gerou uma onda de condenação internacional.
Israel prometeu “aniquilar” o movimento palestino Hamas, que governa Gaza e lançou um ataque mortal ao território israelense em 7 de outubro.
O Exército israelense afirmou na quarta-feira, 29, que as suas forças assumiram o controle do estratégico corredor Filadélfia, uma faixa de 14 quilômetros ao longo da fronteira entre Gaza e Egito.
O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, anunciou que as tropas encontraram “cerca de 20 túneis” nesta região.
Israel informou, ainda, que matou cerca de 300 combatentes do Hamas desde o começo da sua operação militar em Rafah.
O Egito, mediador-chave no conflito e cada vez mais crítico das operações militares israelenses, negou as acusações de que havia túneis de contrabando ativos na área.
“Israel usa essas acusações para justificar a continuação das operações na cidade palestina de Rafah e seguir a guerra para fins políticos”, disse um alto funcionário egípcio ao Al-Qahera News, ligado aos serviços de segurança do país.
O presidente egípcio, Abdel Fattah al Sissi, instou a China a aumentar a assistência humanitária a Gaza, que está sob cerco israelense quase desde o início do conflito, e fez um apelo à comunidade internacional para garantir que os palestinos não sejam deslocados à força.
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