Rússia e Ucrânia estão em guerra desde fevereiro de 2022Reprodução

A conferência de paz sobre a Ucrânia, que reuniu mais de 90 países no fim de semana na Suíça, mas não contou com a presença da Rússia nem da China, apresentou resultado "zero", afirmou nesta segunda-feira o Kremlin.

"Se falarmos sobre os resultados deste encontro, estamos perto de zero", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, à imprensa. Na opinião de Peskov, muitos participantes entenderam que "qualquer discussão séria não tem futuro sem a presença da Rússia".

A maioria dos países participantes assinou uma declaração final de apoio à independência e à soberania territorial da Ucrânia. Mas alguns, como Brasil, Índia e Arábia Saudita, optaram pela abstenção. Peskov destacou que o presidente Vladimir Putin "segue aberto ao diálogo e a negociações sérias".

O presidente russo afirmou na semana passada que Moscou só participará em negociações de paz se a Ucrânia retirar suas tropas de quatro regiões do país, o que seria o equivalente a uma rendição de fato.
A guerra
O confronto armado entre as nações teve início em fevereiro de 2022, com a invasão russa em meio à negociações entre Ucrânia e Otan para adesão à aliança militar.
A comunidade internacional tem condenado a intervenção russa na Ucrânia e tem apoiado o governo ucraniano com sanções econômicas e ajuda militar. No entanto, em diversos momentos o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky disse que a ajuda não era suficiente para conter o avanço russo e cobrou mais apoio dos aliados.

A guerra continua a causar tensões na região e a afetar as relações entre a Rússia e o Ocidente. Enquanto os esforços diplomáticos persistem, a resolução do conflito permanece incerta. Nesta sexta-feira (14), Putin afirmou que acredita que a Ucrânia irá retirar tropas de determinados territórios e desistir de aderir à Otan para negociar um acordo de paz.
Com informações da AFP.