Kim Yo Jong, irmã de Kim Jong UnJorge Silva / AFP

A poderosa irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, Kim Yo Jong, chamou os recentes exercícios com tiros reais da Coreia do Sul de "histeria suicida". Na manhã desta segunda-feira, 8, noite de domingo, 7, no Brasil, ela ameaçou com medidas militares não especificadas, se seu país for provocado novamente
O alerta de Kim Yo Jong veio depois que a Coreia do Sul realizou exercícios de tiro nas fronteiras terrestres e marítimas com a Coreia do Norte nas últimas duas semanas. Os exercícios foram os primeiros deste tipo desde que a Coreia do Sul suspendeu, em junho, um acordo de 2018 com o Norte para aliviar as tensões militares nas fronteiras.
"A questão é por que o inimigo iniciou tais exercícios de guerra perto da fronteira? Histeria suicida, para a qual terão de aguentar um desastre terrível", disse Kim Yo Jong num comunicado divulgado pela mídia estatal.
Ela acusou o governo conservador da Coreia do Sul de aumentar deliberadamente as tensões como forma de se livrar de uma crise política interna. Ela disse que o risco dos exercícios sul-coreanos é claro para todos, pois aconteceram em meio a "uma situação de incerteza" criada depois que os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão realizaram recentemente manobras militares que a Coreia do Norte vê como uma ameaça.
"Caso seja julgado, de acordo com os nossos critérios, que violaram a soberania (da Coreia do Norte) e cometeram um ato equivalente a uma declaração de guerra, as nossas forças armadas cumprirão imediatamente a sua missão e dever atribuído pela Constituição (da Coreia do Norte)", disse ela, sem dar mais detalhes.