A jovem Diana Maria percorria uma rota popular nos Cárpatos da Transilvânia quando foi atacadaReprodução / Internet

O Parlamento romeno aprovou, nesta segunda-feira (15), uma lei que autoriza a caça de quase 500 ursos em 2024, poucos dias após a morte de uma alpinista, uma medida considerada ineficaz pelas associações de proteção dos animais.
Os deputados foram convocados de suas férias de verão para votar urgentemente após a morte de uma jovem identificada como Diana Maria, de 19 anos, na semana passada, o que gerou grande comoção.
A vítima percorria uma rota muito popular nos Cárpatos da Transilvânia, ao sul da cidade de Braov (centro), quando foi arrastada por um urso para uma ravina de difícil acesso. Apesar da chamada de emergência, os serviços de resgate não conseguiram salvá-la.
O presidente Klaus Iohannis disse estar “chocado”, argumentando que havia “muitos ursos”.
O primeiro-ministro Marcel Ciolacu convocou uma sessão parlamentar de emergência que ocorreu, nesta segunda-feira (15), onde os legisladores observaram um minuto de silêncio pela vítima.
A lei, aprovada por grande maioria, permite que atiradores autorizados cacem 481 ursos este ano, em comparação com 220 em 2023.
Os promotores da lei argumentaram a “superpopulação” desta espécie protegida e uma “situação alarmante” que levou a um aumento dos ataques, embora reconhecessem que caçar ursos não é “uma solução milagrosa”.
A Romênia é o país da UE com a maior densidade registrada de ursos, com cerca de 8.000 indivíduos, segundo estimativas do Ministério do Ambiente.