Volodymyr Zelensky, presidente da UcrâniaSergei Supinsky / AFP
"Ao contrário da Rússia, a Ucrânia não precisa de propriedades alheias. A Ucrânia não quer anexar nenhum território na região de Kursk, mas quer proteger a vida do seu povo", disse o diplomata em uma entrevista coletiva. Tykhy também afirmou que as "ações ucranianas são absolutamente legítimas".
Depois de meses de retrocesso contra soldados russos na sua frente leste, a Ucrânia lançou em 6 de agosto o maior ataque em território russo desde o início da ofensiva russa em fevereiro de 2022.
Para efeito de comparação, a Rússia avançou 1.360 km² em território ucraniano desde o início de 2024, e as contraofensivas da Ucrânia no seu próprio território durante o mesmo período representaram apenas 20 km², segundo análise da AFP.
A fracassada contraofensiva ucraniana no verão de 2023 permitiu a Kiev retomar até 250 km² controlados pelo Exército russo nas regiões de Donetsk e Zaporizhzhia.
No entanto, os avanços russos em território ucraniano não pararam desde o ataque surpresa de 6 de agosto. O Exército russo assumiu o controle de mais 69 km² desde essa data e 111 km² no total desde o início de agosto, aos quais se somam os 201 km² conquistados em julho.
No total, desde a invasão de 24 de fevereiro de 2022, a Rússia ocupou 65.891 km² de território ucraniano, segundo dados de 12 de agosto. Com a Crimeia anexada em 2014 e as áreas orientais já sob controle russo antes desta guerra, 108.070 km² são ocupados pela Rússia, o que representa 18% da Ucrânia de acordo com as suas fronteiras internacionalmente reconhecidas.
Os cálculos da AFP são feitos com base em arquivos divulgados diariamente pelo ISW, que se baseiam em informações públicas divulgadas por ambas as partes e na análise de imagens de satélite.
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