Ernesto se afasta das Bermudas desde sábado, mas continua provocando fortes tempestades tropicaisReprodução / Internet

O furacão Ernesto foi rebaixado a tempestade tropical no sábado (17), após atingir as Bermudas com fortes chuvas e ventos, deixando grande parte deste território britânico sem eletricidade, antes de seguir em direção ao leste do Canadá.
Segundo um relatório do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, o ciclone, que atingiu Porto Rico no início desta semana, se afastaria das Bermudas na noite de sábado, mas continuaria provocando fortes tempestades tropicais.
A instituição alertou ainda que é possível que a tempestade se intensifique no domingo e que "poderia recuperar o status de furacão".
Ernesto tocou o solo nas Bermudas às 8h30 GMT (5h30 em Brasília) com ventos sustentados de até 137 quilômetros por hora, segundo o NHC.
"À medida que Ernesto se afasta para nordeste, chuvas ocasionais procedentes do oeste continuarão caindo sobre as ilhas", informou o Serviço Meteorológico das Bermudas na noite de sábado, alertando que o mar permaneceria perigoso.
No domingo, enquanto Ernesto se direciona para nordeste e passa perto de Newfoundland, Canadá, na noite de segunda-feira, espera-se que as Bermudas registrem "um clima mais seco e claro", segundo as autoridades.
A tempestade atingiu cerca de 160 km a nordeste do arquipélago por volta da meia-noite, no horário local. São esperadas chuvas entre 175 e 225 milímetros nas Bermudas.
"É provável que estas precipitações provoquem inundações repentinas, colocando em risco a vida dos habitantes nas ilhas, sobretudo nas zonas de baixa altitude", declarou o NHC.
A empresa de energia elétrica Belco informou que 18.300 pessoas estão sem eletricidade, mais de 50% dos seus clientes no arquipélago de 64.000 habitantes.
Imagens nas redes sociais mostravam árvores caídas bloqueando estradas, linhas elétricas danificadas pelos fortes ventos e ruas inundadas. O Aeroporto Internacional L.F. Wade das Bermudas anunciou que permaneceria fechado até domingo.
Como medida preventiva, os moradores fecharam suas casas com tábuas e fizeram reservas de alimentos.
"Há muitos fios e folhagens caídos, então a situação pode ser perigosa", declarou o ministro da Segurança Nacional, Michael Weeks, segundo o jornal The Royal Gazette.
Na sexta-feira, autoridades fecharam estradas e suspenderam os serviços de ônibus e balsas.
O NHC indicou que são esperadas condições perigosas nas praias da costa leste dos Estados Unidos durante os próximos dias.
No início da semana, o furacão passou por Porto Rico, onde deixou 600.000 pessoas sem eletricidade.
Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a temporada de furacões deste ano no Atlântico — que vai de junho a novembro — é agitada, visto que as altas temperaturas dos oceanos aumentam a intensidade destes fenômenos.