Registro de abril de 2022 mostra Ryan dando entrevista em Kiev, na UcrâniaAFPTV / AFP

Ryan Wesley Routh, de 58 anos, foi preso suspeito de ser o homem que tentou matar Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, neste domingo (15), em West Palm Beach, na Flórida. Informações da imprensa norte-americana apontam que ele era um militante a favor da Ucrânia e era eleitor do Partido Democrata.
Segundo o veículo americano "CBS", Ryan viveu no estado da Carolina do Norte a maior parte da sua vida, mas seu endereço mais recente está registrado no Havaí. Apesar de ter apoiado Trump nas eleições de 2016, Routh afirmou que "mudou de posição" e em março deste ano, votou nas eleições primárias do Partido Democrata, que definem o candidato oficial à corrida presidencial da sigla que se opõe aos Republicanos. Sua conta no X possuía comentários e opiniões sobre política.
O suspeito é um militante pró-Ucrânia. Ele se manifestava a favor das tropas de Volodymyr Zelensky, em relação aos conflitos contra a Rússia, em diversas publicações. Ele tentou se alistar para o combate, mas foi recusado por causa da idade.
Ele acumula condenações e problemas com a Justiça americana e já foi preso após fugir de uma blitz da polícia em 2002. Ryan também já teria sido condenado em outros processos civis, como por não pagar impostos em dia, de acordo com a imprensa dos Estados Unidos.
Sobre o incidente
Trump estava jogando golfe em um dia de folga na sua campanha, próximo à sua residência em Mar-a-Lago, neste domingo (15) quando disparos foram realizados próximos ao local. Eles foram identificados pelo FBI como uma "tentativa de assassinato".
"O FBI respondeu a um incidente em West Palm Beach, Flórida, e está investigando o que parece ser uma tentativa de homicídio do ex-presidente", disse o serviço de inteligência em comunicado.
Segundo a imprensa norte-americana, seguranças avistaram o que seria um cano de rifle saindo de uma cerca nas proximidades do campo de golfe, entre 270 e 450 metros de onde Trump estava. Ao ser confrontado pelos agentes, Ryan teria conseguido fugir, mas foi capturado minutos depois, parado em um carro a cerca de 45 minutos do local do incidente.
Apesar do susto, o ex-presidente "está são e salvo", informou o diretor de campanha do magnata, Steven Cheung, em um comunicado.