Imigração irregular é um dos temas centrais da campanha para as eleições presidenciais de novembro nos Estados UnidosAlfredo Estrella/AFP
O governo democrata autorizou há três meses o fechamento da fronteira aos solicitantes de asilo quando houvesse mais de 2.500 travessias irregulares em uma média de sete dias. Ela poderia ser reaberta quando esse número caísse para menos de 1.500 no mesmo intervalo.
A partir de amanhã, no entanto, a média para a abertura da fronteira aumentará para “28 dias consecutivos”, anunciou o Departamento de Segurança Interna (DHS). Além disso, as autoridades vão incluir no número de travessias "as crianças desacompanhadas procedentes de países não vizinhos”, o que aumentará a probabilidade de o número ultrapassar o limite máximo.
As restrições migratórias não se aplicam aos menores desacompanhados, nem a vítimas de "uma forma grave de tráfico de pessoas, imigrantes com visto e àqueles que chegarem a um porto de entrada por uma via legal, como o aplicativo CBP One.
Associações de defesa dos imigrantes entraram em junho com uma ação contra o decreto, e hoje voltaram a levantar a voz.
O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, ressaltou que as restrições “não substituem a ação do Congresso”. “Não podemos proporcionar as mudanças mais amplas e duradouras de que o sistema migratório americano precisa desesperadamente porque somente o Congresso pode fazê-lo.”
O presidente Joe Biden e Kamala Harris acusam Trump de ter boicotado um projeto de lei bipartidário que permitiria restringir o fluxo de imigrantes e aumentar o número de agentes na fronteira. A ala dura dos republicanos considerou o texto muito fraco.
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