Donald Trump diz que Kamala permitiu a entrada de assassinos no paísAFP
Em entrevista ao programa de rádio The Hugh Hewitt Show, difundida nesta segunda, Trump acusou sua adversária, a vice-presidente democrata Kamala Harris, de 59 anos, de ter permitido a entrada de "assassinos" no país.
"O que você acha de permitir a entrada de pessoas por uma fronteira aberta, das quais 13.000 eram assassinas, muitas delas mataram mais que uma pessoa?", comentou. "Agora, vivem felizes nos Estados Unidos".
No final de setembro, o congressista republicano Tony Gonzales divulgou uma carta com números do Serviço de Controle de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), segundo o qual haveria 425.000 migrantes condenados criminalmente vivendo em liberdade no país, incluídos mais de 13.000 condenados por homicídio.
Na verdade, segundo o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS), os dados "remontam a décadas atrás" e alguns entraram no país "nos últimos 40 anos".
"Não deveriam estar aqui"
"Entraram no nosso país 425.000 pessoas que não deveriam estar aqui e são criminosas", acrescentou Trump, que ameaça realizar uma deportação em massa caso vença as eleições.
Em sua coletiva de imprensa diária, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, criticou a linguagem usada por Trump, a qual considerou "odiosa, repulsiva" e "inapropriada".
"Não tem cabimento neste país", insistiu, referindo-se às palavras de Trump, que também tem disseminado o boato de que migrantes haitianos de Springfield, Ohio (meio oeste) roubam animais de estimação para comer.
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