Zelensky ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir StarmerDivulgação
Zelensky foi recebido por Starmer, do Partido Trabalhista, em Downing Street, à qual, após a reunião bilateral, o novo secretário-geral da Aliança Atlântica se uniu. Starmer disse a Rutte que ele e Zelensky discutiram o "plano de vitória" da Ucrânia contra a invasão russa que começou em fevereiro de 2022.
"A questão aqui é a Ucrânia, mas também a defesa do Ocidente e como permanecermos seguros", disse Rutte, que prometeu manter a questão ucraniana entre suas prioridades e visitou Kiev na semana passada, dois dias após assumir o cargo.
De Londres, Zelensky irá a Paris para falar nesta quinta-feira com o presidente francês, Emmanuel Macron, e à noite viajará para Roma para se encontrar com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Na sexta-feira de manhã será recebido pelo papa Francisco no Vaticano e, no mesmo dia, irá a Berlim encontrar o chanceler Olaf Scholz.
O governo alemão planeja reduzir à metade o montante atribuído à ajuda militar bilateral à Ucrânia em 2025.
A recuada europeia, anunciada na noite de quarta-feira, foi precedida de um revés: o adiamento de uma importante reunião dos aliados militares de Kiev que seria no sábado na base de Ramstein, na Alemanha.
O presidente americano, Joe Biden, foi forçado a adiar sua viagem para supervisionar o dispositivo implantado contra o furacão Milton, na Flórida.
Uma obrigação urgente para Biden e um revés para Zelensky, que teme uma redução da ajuda financeira e militar à Ucrânia caso o republicano Donald Trump vença a democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais em 5 de novembro.
Ocidente pode reduzir sua ajuda
Não só o Exército russo continua a ganhar terreno em Kiev, na frente oriental, nos últimos meses, mas a ajuda ocidental também poderá reduzir consideravelmente, alertou o Instituto Kiel nesta quinta-feira.
"A partir do próximo ano, a Ucrânia poderá enfrentar uma redução significativa da ajuda", publicou em um comunicado o instituto alemão, que monitora a ajuda militar, financeira e humanitária prometida e efetivamente entregue à Ucrânia.
Uma possível vitória eleitoral de Trump "poderia bloquear futuros planos de ajuda no Congresso", alertou o Instituto Kiel.
O presidente Zelensky vem pressionando seus aliados ocidentais nos últimos meses contra sua relutância em lançar mísseis de longo alcance, o que permitiria à Ucrânia atingir alvos distantes em território russo.
O presidente ucraniano quer desenvolver com seus parceiros seu "plano de vitória", que segundo ele poderá criar as condições para um "fim justo da guerra".
O plano, ainda muito vago, em princípio deve ser revelado em uma cúpula de paz no mês de novembro, em data a definir.
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