Impressão deixada no tecido por um corpo 3D (esquerda) e por um baixo-relevo raso (direita). No centro, o Sudário de TurimDivulgação/Cícero Moraes
O autor do estudo, o brasileiro Cícero Moraes, designer especializado em reconstrução facial forense, utilizou um tecido virtual para realizar seus testes e disse que, quando colocado de maneira plana, ele mostra "uma imagem distorcida e significativamente mais robusta" do que a do sudário, em decorrência da mudança de 3D para 2D usando uma simulação virtual e imagens 3D.
Descobriu-se que a impressão no tecido não poderia ter sido feita por um corpo humano tridimensional, mas talvez fosse de um baixo-relevo — uma escultura de baixo relevo, por exemplo.
"Quando você envolve um objeto 3D com um tecido, e esse objeto deixa um padrão como manchas de sangue, essas manchas geram uma estrutura mais robusta e mais deformada em relação à fonte. Então, falando grosso modo, o que vemos como resultado de manchas de impressão de um corpo humano seria uma versão mais inchada e distorcida dele, não uma imagem que parece uma fotocópia", disse Cícero em entrevista à agência britânica de notícias Pen News.
"Um baixo-relevo, no entanto, não causaria a deformação da imagem, resultando em uma figura que se assemelha a uma fotocópia do corpo", completa.
O pesquisador vai muito além e derruba um mito de 2 mil anos ao duvidar que o sudário tenha tocado o corpo de Jesus.
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